quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O último poema de abril

A mais intensa e ávida vida
acaba em recordações.
E como é difícil manter a compostura,
não a das gravatas, a moral.
Estendo a mão em busca da tua
e encontro só a ausência,
fugidia sombra num espelho.
Sim, tinhas razão, éramos jovens,
mal sabíamos desses poemas vividos em abril
e esquecidos em agosto.
E a tarde passa com seu camafeu de rubi e esmeralda,
poente que jamais esquecerei.
O único poema que não soube escrever
foi o da minha vida.
Garçom,mais uma taça de vinho


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